Sinais de Alerta e Sintomas da Doença de Alzheimer

A doença foi descrita em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915) durante um congresso científico na Alemanha. Caracterizada como uma doença degenerativa, progressiva e irreversível, o Alzheimer não tem cura, mas pode ser tratado a fim de amenizar os sintomas. A doença afeta a memória, a fala e a noção de espaço e tempo do paciente, podendo provocar apatia, delírios e, em alguns casos, comportamento agressivo.
Um dos primeiros sintomas é a perda de memória para fatos recentes. Depois, ocorre a desorientação quanto a lugares e datas e mudanças de humor e comportamento – irritabilidade e agressividade. Na fase avançada, a pessoa pode ter alucinações, dificuldade na fala e na alimentação. Além disso, pode não reconhecer mais os familiares e tornar-se totalmente dependente.
Identificar os sintomas é crucial para um diagnóstico precoce e intervenção adequada.
Descrevemos a seguir alguns sinais de alerta e sintomas que podem indicar a presença da Doença de Alzheimer:
- Perda de Memória: Dificuldade em lembrar eventos ou compromissos, como onde as chaves foram guardadas ou o nome de alguém.
- Dificuldade em Executar Tarefas Diárias: Problemas para realizar atividades cotidianas, como cozinhar ou pagar contas. Dificuldade para perceber uma situação de risco, para cuidar do próprio dinheiro e de seus bens pessoais, para tomar decisões e para planejar atividades mais complexas. Dificuldade para manusear utensílios, para vestir-se, e em atividades que envolvam autocuidado.
- Desorientação: Confusão em ambientes familiares, como se perder em locais conhecidos. Dificuldade para se orientar no tempo e no espaço.
- Problemas de Linguagem: Dificuldade em encontrar palavras ou expressar pensamentos. Dificuldade para encontrar e/ou compreender palavras, cometendo erros ao falar e ao escrever.
- Repetição de Conversas ou Tarefas: Fazer as mesmas perguntas repetidamente ou executar ações idênticas várias vezes.
- Mudanças Bruscas no Humor e Personalidade: Alterações no comportamento ou na personalidade: pode se tornar agitado, apático, desinteressado, isolado, desinibido, inadequado e até agressivo. Desinteresse pelas Atividades Habituais: Perda de interesse em hobbies ou tarefas que costumavam ser apreciados.
- Delirios: Interpretações delirantes da realidade, sendo comuns quadros paranoicos ao achar que está sendo roubado, perseguido ou enganado por alguém.
- Alucinações: Alucinações visuais (ver o que não existe) ou auditivas (ouvir vozes) podem ocorrer, sendo mais frequentes da metade para o final do dia.
- Alteração do apetite com tendência a comer exageradamente, ou, ao contrário, pode ocorrer diminuição da fome.
- Agitação noturna ou insônia com troca do dia pela noite.
- Incapacidade em reconhecer faces ou objetos comuns, podendo não conseguir reconhecer pessoas conhecidas.
Caso notem algum destes sinais e sintomas procure um neurologista para avaliação e diagnóstico. O tratamento precoce pode ajudar a retardar a progressão da doença.